O Desfibrilador Externo Automático ou DEA como é comumente chamado, é um aparelho de uso bem simples, pois possui poucos botões, instruções sonoras e imagens ilustrativas para que o usuário do aparelho consiga no menor tempo possível utilizar de maneira adequada o aparelho.
Este aparelho diagnostica e trata algumas das potencialmente letais, arritmias cardíacas, como a fibrilação ventricular e a taquicardia ventricular, aplicando uma determinada corrente elétrica que para a arritmia e retorna o batimento normal do coração.
Desde 2004 existe uma lei que obriga os estabelecimentos que possuam grande concentração de pessoas a ter e manter em perfeito funcionamento o Desfibrilador Externo automático, abaixo segue uma parte desta lei;
A Lei 14.427 de 07 de junho de 2.004 diz o seguinte;
Art. 1º- Ficam obrigados os estabelecimentos públicos ou privados e os eventos de grande concentração de pessoas a manterem, permanentemente, em local de fácil acesso, no mínimo um (01) aparelho desfibrilador automático externo (DAE) e uma pessoa qualificada a ofertar suporte básica de vida e manuseio técnico do referido aparelho, a fim de possibilitarem atendimento emergencial na ocorrência de parada cardíaca.” Art. 2° Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Segundo estudos casos de PCR ou parada cardiorrespiratória, tem em média 1% de chance de sucesso, quando utilizados somente a reanimação cardiopulmonar simples, um ou dois socorristas sem equipamentos. Já com a utilização do DEA esta margem sobe para 80%, mesmo quando o equipamento for utilizado por um leigo.
É claro que quando o equipamento é utilizado por um profissional que possui treinamento especifico para utilização do DEA, o tempo de resposta a vítima em parada cardiorrespiratória terá um decréscimo significativo uma vez que o socorrista já conhece o aparelho, tem a maleabilidade do mesmo.
A Margem de sobrevivência para vítimas em PCR diminui numa proporção de 10% para cada um minuto sem suporte, ou seja para vítimas de parada cardiorrespiratória, cujo tempo resposta da equipe de primeiro atendimento seja maior que dez minutos a chance desta vítima voltar tende a zero.
Para um bom atendimento de urgência desta natureza devemos seguir o procedimento na ordem da corrente da sobrevivência
É necessário avaliar a vítima de maneira correta, tomemos como exemplo o socorrista leigo que depara com uma vítima caída ao solo, ele deve;
1 - Verificar se a vítima responde ao seu chamado e verificar se a vítima respira
2 - Acionar o serviço médico e pedir o Desfibrilador Externo Automático
3 - Iniciar o procedimento de reanimação cardiopulmonar
4 -Comprimir toráx da vítima com força e rapidez
5 - Coloque o Desfibrilador Externo automático e ligue o aparelho e siga as instruções
6 - Após a chegada do serviço médico esta vítima deve receber um socorro especializado
Caso o atendimento desta mesma ocorrência seja efetuada por um profissional da saúde, deve-se seguir a seguinte ordem;
1 - Verificar se a vítima responde e se há respiração apenas avaliando o tórax da vítima
2 - Verificar a circulação, neste procedimento o socorrista não dever levar mais do que 10 segundos
3 - Acionar o serviço de urgência e Solicitar o DEA
4 - Iniciar 30 compressões torácicas com velocidade média de 100 por minuto, e profundidade de 2 polegadas (5 cm).
5 - Abrir vias aéreas e efetuar 02 ventilações
6 - Repetir os passos 4 e 5 por 5 vezes, e depois verificar o pulso carotídeo da vítima
7 - Caso negativo reinicie o passo 6
8 - Em apenas três casos o socorrista pode parar de efetuar as manobras de RCP, quando a vítima retornar os batimentos cardíacos, quando o socorrista estiver completamente esgotado não havendo mais força suficiente para continuar as compressões, quando o médico responsável determinar o óbito.
A Vida e nosso maior patrimônio, portanto quanto mais recursos e capacitação pudermos ter e implementar melhor para nós mesmos, uma vez que também estamos sujeitos a nos tornar a própria vítima.
Sempre, Estudando Treinamento ou Ensinando!
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